Nove breves reflexões em jeito de conclusão... depois de três dias em congresso BAD
:: I :: espaço de encontro ::
Mais do que estar com colegas de trabalho, com quem partilhamos as aventuras e desventuras do quotidiano da biblioteca, o espaço de encontro que proporciona o congresso é momento para rever colegas de outras paragens – académicas e profissionais, conhecer novos rostos e com eles partilhar ideias, cultivar relações e aproximar visões. Enfim, espaço de encontro onde invisto no olhar do outro para me tornar mais completo pessoal e profissionalmente.
:: II :: antes de mais uma paixão ::
É pelo sonho que vamos... é mais que notório que as bibliotecas precisam de desempenhos profissionais de excelência para as dotar da valorização devida. Mas em congresso vemos reforçada a ideia de que a paixão pelo mundo da informação e do conhecimento é o pilar fundamental das “coisas boas” que se fazem e pensam. Em comunicações, intervenções e conversas sente-se a paixão de muitos profissionais e isso é revigorante.
:: III :: carregar as baterias da motivação ::
Em congresso “vemos, ouvimos e lemos, não podemos ignorar”, congregamos vontades, partilhamos ideias... funcionando para mim como momento de recarregar baterias, procurar mais dinamismo e gerar mais desafios.
:: IV :: espaço de reflexão ::
O congresso como espaço de reflexão é frenético. Nem sempre conseguimos ouvir tudo o que queremos, os espaços de debate disponibilizados depois das comunicações são limitados, e poucos se disponibilizam a perguntar, completar ou debater, mas ficam dois/três temas que resultaram muito bem, o painel dos blogs – verdadeiro espaço de reflexão conjunta, e a cima de tudo, as reflexões nos corredores, as conversas, avaliações e comentários em almoços e jantares.
:: V :: comunicações ::
As comunicações integradas nos diferentes temas do congresso não tiveram um nível qualitativo igual. Foram até algumas as que revelaram pouca solidez científica, desarticulação com a realidade e superficialidade na abordagem, surpreendendo-me a ausência de debate e questões nas circunstâncias em que tais foram apresentadas. No entanto, o que trago do congresso como marca significativa são os trabalhos e apresentações de qualidade. Comunicações com: bases teóricas bem fundamentadas e documentadas, análises que revelam competências científicas, estudo aprofundado de bibliografia de referência, contributos de profissionais de outros países, avaliações cuidadas dos serviços, e testemunhos de um gosto enorme pelo mundo das bibliotecas, arquivos e informação.
:: VI :: blogueiros, bloguers e weblogs ::
Parti ao encontro da aventura neste congresso – participar num painel, para reflectir sobre os “weblogs no domínio das ciências da informação”, em conjunto com outros com quem apenas partilhava espaço opinativo na web. A aventura foi um sucesso... o momento de reflexão sobre esta ferramenta de comunicação foi muito participado, em número de pessoas, intervenções e contributos para a reflexão, e aproximou pessoas que claramente olham o nosso meio profissional de um modo aberto e plural, ousando participar na sua construção.
:: VII :: um desabafo ::
Não compreendo, não aceito e considero repugnáveis as atitudes de absentismo de alguns profissionais, que com despesas pagas pelos serviços, total ou parcialmente, não se sentem obrigados a marcar presença em todos os espaços de trabalho ou a fazer ouvir mais a sua voz. Não me lamento por ter suportado a totalidade das despesas da minha participação no congresso, mas lamento organismos que suportam profissionais que pouco contribuem para a qualidade do congresso.
:: VIII :: reforço do associativismo ::
A realização de um congresso desta envergadura é claramente um momento de reforço do associativismo BAD. Ouvi durante os três dias de encontro criticas e elogios à nossa associação profissional. Sou sócio da bad porque acredito no associativismo como motor de uma cidadania activa, e agradeço a quem se tem dedicado à valorização e qualificação da nossa profissão, assumindo que procurarei mudar da lógica de sócio consumidor para a de participante na vida associativa, porque só assim fará sentido a minha critica.
:: IX :: maior visibilidade ::
Este congresso parece-me ter sido uma oportunidade perdida de valorização e visibilidade dos profissionais bad junto da opinião pública. Não se percebe a existência de estratégias de comunicação com entidades externas, particularmente com a comunicação social, no sentido de dar maior visibilidade às reflexões e experiências apresentadas no congresso. Foram muitas as “boas práticas” apresentadas e que podem ser divulgadas numa estratégia de comunicação incisiva e apelativa, que cative pela singularidade e originalidade. Realizações em bibliotecas públicas, projectos digitais inovadores, práticas de administração pública de excelência... nada disto merece notas para a imprensa ou trabalho prévio de divulgação junto de agências de notícias? E as conclusões? Não se pode acabar um congresso dizendo que “enviaremos as conclusões a todos os associados”. Percebo que um trabalho mais apurado das conclusões de todos os temas e painéis seja demorado e que um documento mais alargado e completo seja enviado posteriormente, mas não se pode deixar de procurar indicar as principais linhas de rumo que traduzam a temática proposta – bibliotecas e arquivos: informação para a cidadania, o desenvolvimento e a inovação.
:: I :: espaço de encontro ::
Mais do que estar com colegas de trabalho, com quem partilhamos as aventuras e desventuras do quotidiano da biblioteca, o espaço de encontro que proporciona o congresso é momento para rever colegas de outras paragens – académicas e profissionais, conhecer novos rostos e com eles partilhar ideias, cultivar relações e aproximar visões. Enfim, espaço de encontro onde invisto no olhar do outro para me tornar mais completo pessoal e profissionalmente.
:: II :: antes de mais uma paixão ::
É pelo sonho que vamos... é mais que notório que as bibliotecas precisam de desempenhos profissionais de excelência para as dotar da valorização devida. Mas em congresso vemos reforçada a ideia de que a paixão pelo mundo da informação e do conhecimento é o pilar fundamental das “coisas boas” que se fazem e pensam. Em comunicações, intervenções e conversas sente-se a paixão de muitos profissionais e isso é revigorante.
:: III :: carregar as baterias da motivação ::
Em congresso “vemos, ouvimos e lemos, não podemos ignorar”, congregamos vontades, partilhamos ideias... funcionando para mim como momento de recarregar baterias, procurar mais dinamismo e gerar mais desafios.
:: IV :: espaço de reflexão ::
O congresso como espaço de reflexão é frenético. Nem sempre conseguimos ouvir tudo o que queremos, os espaços de debate disponibilizados depois das comunicações são limitados, e poucos se disponibilizam a perguntar, completar ou debater, mas ficam dois/três temas que resultaram muito bem, o painel dos blogs – verdadeiro espaço de reflexão conjunta, e a cima de tudo, as reflexões nos corredores, as conversas, avaliações e comentários em almoços e jantares.
:: V :: comunicações ::
As comunicações integradas nos diferentes temas do congresso não tiveram um nível qualitativo igual. Foram até algumas as que revelaram pouca solidez científica, desarticulação com a realidade e superficialidade na abordagem, surpreendendo-me a ausência de debate e questões nas circunstâncias em que tais foram apresentadas. No entanto, o que trago do congresso como marca significativa são os trabalhos e apresentações de qualidade. Comunicações com: bases teóricas bem fundamentadas e documentadas, análises que revelam competências científicas, estudo aprofundado de bibliografia de referência, contributos de profissionais de outros países, avaliações cuidadas dos serviços, e testemunhos de um gosto enorme pelo mundo das bibliotecas, arquivos e informação.
:: VI :: blogueiros, bloguers e weblogs ::
Parti ao encontro da aventura neste congresso – participar num painel, para reflectir sobre os “weblogs no domínio das ciências da informação”, em conjunto com outros com quem apenas partilhava espaço opinativo na web. A aventura foi um sucesso... o momento de reflexão sobre esta ferramenta de comunicação foi muito participado, em número de pessoas, intervenções e contributos para a reflexão, e aproximou pessoas que claramente olham o nosso meio profissional de um modo aberto e plural, ousando participar na sua construção.
:: VII :: um desabafo ::
Não compreendo, não aceito e considero repugnáveis as atitudes de absentismo de alguns profissionais, que com despesas pagas pelos serviços, total ou parcialmente, não se sentem obrigados a marcar presença em todos os espaços de trabalho ou a fazer ouvir mais a sua voz. Não me lamento por ter suportado a totalidade das despesas da minha participação no congresso, mas lamento organismos que suportam profissionais que pouco contribuem para a qualidade do congresso.
:: VIII :: reforço do associativismo ::
A realização de um congresso desta envergadura é claramente um momento de reforço do associativismo BAD. Ouvi durante os três dias de encontro criticas e elogios à nossa associação profissional. Sou sócio da bad porque acredito no associativismo como motor de uma cidadania activa, e agradeço a quem se tem dedicado à valorização e qualificação da nossa profissão, assumindo que procurarei mudar da lógica de sócio consumidor para a de participante na vida associativa, porque só assim fará sentido a minha critica.
:: IX :: maior visibilidade ::
Este congresso parece-me ter sido uma oportunidade perdida de valorização e visibilidade dos profissionais bad junto da opinião pública. Não se percebe a existência de estratégias de comunicação com entidades externas, particularmente com a comunicação social, no sentido de dar maior visibilidade às reflexões e experiências apresentadas no congresso. Foram muitas as “boas práticas” apresentadas e que podem ser divulgadas numa estratégia de comunicação incisiva e apelativa, que cative pela singularidade e originalidade. Realizações em bibliotecas públicas, projectos digitais inovadores, práticas de administração pública de excelência... nada disto merece notas para a imprensa ou trabalho prévio de divulgação junto de agências de notícias? E as conclusões? Não se pode acabar um congresso dizendo que “enviaremos as conclusões a todos os associados”. Percebo que um trabalho mais apurado das conclusões de todos os temas e painéis seja demorado e que um documento mais alargado e completo seja enviado posteriormente, mas não se pode deixar de procurar indicar as principais linhas de rumo que traduzam a temática proposta – bibliotecas e arquivos: informação para a cidadania, o desenvolvimento e a inovação.
19 comentários:
Boa Tarde Pedro.
Gostei bastante dos teus 9 pontos que focaste sobre o congresso.
Concordo contigo em muitas das coisas que escreveste e foco alguns pontos do teu post que me parecem dos mais importantes.
o congresso é sempre um local de troca de ideias e o sitio perfeito para o técnico se actualizar e saber como trabalham e que novas técnicas e saberes os outros nos podem transmitir mas revejo a tua critica que essas trocas de ideias e saberes são sempre de forma informal e infelizmente não ganham um carácter mais formal e debativo dentro dos paineis e não somente nos "corredores" como bem focaste.
Que pretendeste focar quando falas de apresentações que "revelam pouca solidez cientifica, desarticulação com a realidade" ? sem querer entrar em conflito com ninguem que tentas dizer com essa frase?
Acho que o painel da blogosfera pelo facto de ser actual por isso mesmo foi muito bem recebido e teve uma visibilidade mais fincada e isso demosntra a actualidade e a inovação e adaptaçao da àrea as novas tecnologias apesar da existência contante dos mais conservadores como em todas as àreas.
O reforço do associativismo é cada vez mais necessário e a criação de uma associação mais dedicada aos técnicos profissionais dava mais visibilidade a essa categoria.
A falta de visibilidade do congresso na opiniao pública que focas e que sentiste é o resultado de um desinteresse da nossa comunicação social por temáticas menos conhecidas e pouco polémicas e que não dão audiências mas também concordo contigo que podia ter havia da parte da Bad um maior esforço para ter dado mais publicidade e visibilidade ao congresso.
bem ajas e continua com este blog que muito valoriza a nossa área
João Pedro
Sou caloira nestas andanças ... o meu 1º Congresso, no entanto não concordo com algo que li, penso que as ideias e saberes trocados de forma informal podem ganhar um carácter mais formal e construído no terreno,ou será ingenuidade da minha parte? Talvez! vamos ver!
Pelo meu lado, alguém me desafiou numa dessas conversas informais e a horas tardias para me "embrenhar" num projecto que me vagueia na cabeça a algum tempo e que o clima de paixão sentido me fez declarar... deram-me um empurrão ...enorme!Por isso para mim, o Congresso mais do que aprendi nas sessões, foi o partilhar e o cultivar de relações e ideias(de encontro à tua 1ª reflexão, Pedro).
Quanto aos Blogs, fui dar uma volta e contrariamente ao que diz o Bibliotecário 2.0, penso que algum impacto já se fez sentir, notou-se e bem!
Obrigado pelo teu comentário João Pedro...
Perguntas o que quis dizer com "apresentações que revelam pouca solidez cientifica, desarticulação com a realidade"... quero dizer isto mesmo - que se apresentaram comunicações ao congresso com conteúdo questionável, pouco fundamentadas cientificamente, datadas e sem actualidade. No entanto, o que me ficou como mais significativo foram as outras comunicações, com qualidade!
Maria do Céu agradeço o testemunho aqui deixado... sobre os "as ideias e saberes trocados de forma informal", penso precisamente como tu, por isso os refiro na minha análise. Os comentários informais de corredor são muitas vezes o ponto de partida de excelentes realizações. Esta é para mim a virtude de em congresso se "congregarem vontades e saberes", porque isso acontece em espaço formal mas também informal.
Exacto, perspicaz e incisivo. Ainda assim nem tudo é mau e ainda temos esperança.
Li com agrado as suas 9 reflexões. Aproveito para tecer alguns comentários pontuais. Sobre a falta de qualidade de algumas comunicações, posso dizer-lhe, como membro da Comissão Científica, que houve a preocupação de incluir o maior número possível de contributos. Reconheço que o critério é questionável e mesmo na CC não terá sido consensual. A quantidade tem um preço: o abaixamento do nível de qualidade. Porém, na nossa área profissional (em termos técnicos e científicos) estamos muito longe do patamar de exigência e rigor que seria desejável. Esta situação reflecte-se de forma extremamente acentuada na ausência (ou na escassez) de debate. Os nossos colegas (falo particularmente dos profissionais de Arquivo, realidade que conheço melhor) têm relutância em debater ideias, em reflectir sobre a sua actividade profissional, em aceitar a crítica, para já não falar em fazer autocrítica no que se refere ao trabalho desenvolvido. Num congresso julgo que a postura mais construtiva é a de aceitar discutir entre pares/iguais, com base em investigação técnica e científica. Infelizmente muitos profissionais que dirigem serviços acham que estão acima dos restantes e vão para o Congresso fazer promoção das suas iniciativas e projectos. Apesar da falta de oportunidade para assistir a tudo aquilo que queria, devido às responsabilidades que assumi na organização do Congresso, consegui aperceber-me que há uma nova geração de profissionais com vontade de participar e inovar na Associação e na profissão. Isso deixa-me muito contente.
Uma confissão pública: quando recebemos na CC o resumo da comunicação da colega Luísa Alvim, sugeri de imediato que se pedisse à colega para organizar um painel com bibliotecários que tivessem blogs. Infelizmente, a organização pediu-me para moderar uma sessão à mesma hora e não pude assistir ao painel sobre os weblogs. Ninguém imagina a minha frustração por não ter assistido ao painel e ainda por perceber que a ideia é atribuída aos 'pesos-pesados' da BAD!
Olá Pedro,
O primeiro congresso em que participei foi o de Braga (1992). Passados quinze anos e vários congressos da BAD, é-me possível identificar um conjunto de tendências, que se tem vindo a acentuar:
1. A emergência de uma pseudo–cientificidade. Os congressos são aproveitados para cumprir o ritual de apresentação dos resultados das dissertações de mestrado e das teses de doutoramento que, na maior parte dos casos (e com honrosas excepções), não trazem nada de novo nem de interessante. Faço notar que os discursos estão cada vez mais distanciados das práticas. Obviamente que é mais fácil dizer do que fazer e, neste ponto concreto, a pseudo-cientificidade serve mais para afirmar pessoas do que instituições.
2. A ausência de um debate participado e incisivo. A ausência do debate decorre, na minha leitura, de três factores fundamentais: a) o número excessivo de comunicações, que acabam por sobrecarregar o congresso com intervenções de qualidade e pertinência duvidosa; b) a falta de respeito de muitos colegas pelo tempo que lhes é concedido, tempo esse que devia ser utilizado para o debate; c) a falta de hábito de discutirmos publicamente os nossos pontos de vista, o que nos leva a não conseguir ter posições comuns enquanto classe profissional.
3. A falta de tomada de posições públicas por parte da classe. Os congressos da BAD só interessam aos profissionais da BAD. A ausência de uma cobertura por parte da comunicação social faz com que seja um congresso autista e autofágico. Os congressos são reuniões magnas e momentos únicos de tomada de posição por parte dos profissionais, mas, por exemplo, o que é que o cidadão comum ficou a saber sobre o impacto que o empréstimo pago vai ter na sua vida. Nenhuma.
4. O esmorecer do entusiasmo dos profissionais. Perdeu-se, no caso das bibliotecas públicas, a chama dos primeiros tempos da Rede Nacional de Bibliotecas Públicas. Perdeu-se o capital de esperança que investimos na possibilidade de efectivamente nos constituirmos como uma rede cooperativa, em que o todo fosse maior do que a soma das partes. O que resta é um conjunto vasto e mais ou menos heterogéneo de bibliotecas públicas que nunca conseguiram afirmar-se junto das comunidades que servem e dos políticos que decidem o seu futuro. Restam também alguns casos de bibliotecas públicas de sucesso (justificável muitas das vezes por uma combinação única e instável de vontade política e de dinamismo profissional) que poderiam servir de motor para criar a rede cooperativa. Mas falta a visão estratégica dos profissionais e a vontade política dos decisores de topo.
Penso que é fundamental repensarmos os congressos da BAD. Deixo aqui quatro sugestões para o próximo Congresso da BAD:
1. Um congresso com menos comunicações (= maior selectividade e menos pseudo-cientificidade);
2. Um congresso com mais painéis (= para agregar num mesmo espaço profissionais com os mesmos interesses e com vontade de tomar posições e desenvolver acções comuns);
3. Um congresso com mais tempo para debate (= maior equilíbrio entre o tempo para as apresentações e o tempo para os debates);
4. Um congresso com maior intervenção pública (= fazendo chegar à opinião pública, através da comunicação social, a dimensão política do nosso trabalho).
Já agora, em jeito de nota final, gostava de referir que no repto que lancei aos meus colegas das Bibliotecas Municipais de Oeiras para participarem no Congresso da BAD foram três coisas: 1. Expressarem as suas opiniões pessoais de forma clara e fundamentada (mesmo que contrariassem as minhas opiniões sobre os mesmos assuntos); 2. Adoptassem um registo de reflexão crítica sobre o seu trabalho (e não somente a descrição do que fazemos); 3. Respeitassem escrupulosamente os 20 minutos que nos eram dados (por razões de eficácia de comunicação e por respeito pelos regras).
Saudações cordiais
Filipe Leal
Rede de Bibliotecas Municipais de Oeiras
olá pedro e colegas,
retirei do teu texto a expressão "superficialidade na abordagem" para referir aquilo que em alguns casos mais me custou a engolir no congresso...
mas no todo a experiência valeu, principalmente para quem gosta muito muito do que faz!
Diana Silva
Pedro,
subscrevo a tua reflexão e refiro apenas uma curiosidade:
com tanta pós-graduação e afins por aí fora, foram três as comunicações e uma presença em painel (blogs) por parte da Universidade Fernando Pessoa. Nova et nove, com ganas do Norte!
Um abraço!
Boa-noite Pedro (Príncipe), gostei de ler o texto, nota-se que procuras trajectórias a longo termo e de partilha de projectos. O congresso acaba reflectindo a ainda escassa produção de trabalhos da área por cá e vai demorar tempo a cambiar.
Para aferir das comunicações basta ver a importância relativa que é dada posteriorm/ às actas.
O Dr Filipe Leal tem uma prosa e um pensamento que até se tem relutância em acrescer algo.
Partilho das mesmas linhas de pensamento, mas já será muito positivo se as comunicações apresentadas sobretudo se basearem sobretudo em teses. E fora desses canais quantos fazem investigação em Portugal?
em relação ao ponto 4 considero que enqt as coisas estão sobretudo num plano imaterial afiguram-se muitas uniões e consonâncias, qd passam aos estados corpóreos é mais "alto aí, não mexes aqui que isto é meu!" .pensamento geral é que sair da esfera municipal é sair para terreno oponente.
Acho que me 2010 muita gente já vai assistir ao congresso (em directo) à distância. Muitos grandes congressos para este ano e seguintes já o são(serão) assim.
e façam-se muito painéis quer ou fora de congressos
no ponto 4 referia-me ao primeiro ponto 4
É assim que vale a pena "conversar". Olhar criticamente o congresso e sem rodeios dizer o que correu bem e mal, identificando problemas e sugirindo soluções.
A Cláudia Castelo identifica e muito bem o problema do déficit de "debate de ideias" na nossa área. Alíás, isso foi também referido pelo Eloy Rodrigues e pelo Silvestre Lacerda no espaço de debate no páinel sobre weblogs quando se abrdou a escassez de comentários nos nossos blogs.
Não tenho dúvida que existem outros modelos de congresso mais adequados à nossa realidade profissional. As sugestões do Filipe Leal são excelentes e desejo que sejam lidas por próximas comissões. Manter a área das comunicações, mas reduzindo a sua quantidade aumenta-se a qualidade. Um congresso bad tem que dar lugar a outro tipo de espaços, workshops vocacionados para experiências concretas de trabalho e soluções tecnológicas, painéis de reflexão onde se construa em conjunto soluções, tomadas de posição, recomendações, etc. E depois a visibilidade é essencial... e não é esperar que a comunicação social perceba que temos coisas interessantes a contar, é mostrarmo-nos interessantes!
"e façam-se muito painéis quer ou fora de congressos"
Painéis como este? Mais do que este - pois a interacção presencial é preciosa, e aqui se dilui.
Por razões semelhantes à da Cláudia, não pude assistir ao painel sobre os weblogs, mas mão amiga me contou do que lá se passou, e fico feliz por ter sido realizado. O fraco eco nos media prende-se, além de tudo o que dizem, e que será justo, com o local de realização, periférico aos cuidados da comunicação social, excepto em caso de catástrofe.
Para lá das sugestões do Filipe e do Pedro, senti durante o Congresso a falta de momentos regulares e úteis de reflexão enquanto profissionais e enquanto associados da BAD. Nas Assembleias Gerais, poucos aparecem, e ainda não inventámos modos e formas de participar que nos defendam do isolamento. Ou não inventámos as melhores, pelo menos.
Saúdo pois toda a gente que de consumidora passa a actora, (palavra inexistente, mas lá vai...). Passa, passará, vai passando
Enquanto membro da organização, tal como a Cláudia e poucos mais, fico feliz por ter contribuído para o encontro, o debate, a crítica, embora sabendo que quem assume funções destas perde sempre muito do que acontece entre mais de 400 profissionais. Mesmo assim, o melhor para mim foi o facto de as companhias, as comunicações (umas mais que outras, mas é normal que assim me seja) me ajudaram a fabricar ideias, material que, para mim, vale bem mais que a esperança, não desfazendo. Bem hajam por "congressar", e que o próximo seja melhor e nele se inventem erros novos.
Pedro Principe,
Gostei de ler as suas reflexões! É muito interessante este espaço de diálogo.
Durante os últimos 6 anos, sendo sócia da BAD, integrei o Grupo de Trabalho das Bibliotecas do Ensino Superior. Na actualidade, faço parte da comissão executiva da Delegação Norte (vogal de formação). Entusiasta da profissão tento participar activamente, ora investigando ora colaborando com a BAD. É desta forma de estar, que me identifico profundamente com as palavras da colega Maria José Vitorino, sente-se “a falta de momentos regulares e úteis de reflexão enquanto profissionais e enquanto associados da BAD. Nas Assembleias Gerais, poucos aparecem, e ainda não inventámos modos e formas de participar que nos defendam do isolamento. Ou não inventámos as melhores, pelo menos.”
Por isso, continuo a felicitar a Comissão Organizadora e o Secretariado deste Congresso. Muitos parabéns!
Venham colaborar com a BAD e verifiquem como é difícil: motivar os profissionais a ser mais participativos; promover diálogo enriquecedor; e, estabelecer parcerias efectivas para melhorar competências e defender a classe.
Pedro, gostei das tuas reflexões, concordo na generalidade, mas penso que o mais importante nos congressos não é assistir às comunicações (para isso existem as actas) mas sim perceber o que está a ser feito, o que está "a mexer", quais são os temas mais debatidos e os que suscitam maior interesse. E, principalmente, conhecer e trocar impressões com os colegas. Pela minha parte, este foi o melhor congresso BAD em que estive, não pela minha (colectiva) comunicação mas pelo painel dos blogues e pelo contacto com os colegas. De qualquer forma, o próprio tema da minha comunicação é reflexo disso: a interdisciplinaridade implica que pessoas diferentes aprendam entre sim com vista a um objectivo comum. E isso aconteceu neste congresso. Pelo menos, pela parte que me (nos) toca, acho que aconteceu.
Sou novo nisto! Fiz um comentário enorme a este post, mas perdeu-se... agora vou fazer um mais sintético:
1- Os congressos são importantes nem que seja apenas para conhecer novas pessoas. Neste aconteceu-me isso.~
2- Concordo com o Filipe Leal. Os congressos deveriam ser reformulados eter mais visibilidade: que importa se apenas falamos para o nosso umbigo, ou para o do visinho?
3- Não deberia de haver tanta comunicaçaõ, e ao mesmo tempo. Houve «imensas que eu perdi porque tive de conhecer a ilha, porque a melo Abreu existe, porque me interessavam comunicações que decorriam ao memso tempo... +e que para um biliotecario municipal as bibliotecas escolares, a gestão de colecções, do catálogo, da qualiadde, etcç, são relevanmtes. Graças aos deus PDF existem as actas
- é muito mais relevante a partilha de ideias sobre um bife á alcides, do que a estar passivamente numa comunicação
- notoriedade: será que os pesos pesados assumem a sua quoya de repsonsabiliddae? ou apenas se preocupam em ocupar diversos cargos no professorado garantindo assim a degradação da profissºao, devid a proliferação de cursos que eles tambem incentivam? Será prestigiante para a aprofissão, termos bibliotecários desempregados, nas caixas de supermercados, etc.?
- Técnicos-profissionais. Poruqe não mudar a designação da BAD para Associação do s profissionais da Informação? e em 2010 fazewr-se o congresso dos profissionais da informação e não dos bibliotecá+rios, ou arquivistas?
- tou com fome. vou almoçar. penma não ser um bife À alcides!
Desculmpem os erros e a algarviada. Mas é que estou memso com fome. Já não vejo nada à frente!
Interessante este debate acerca do nosso Congresso. Concordo com a mairia das opiniões do Pedro, do Filipe,da Cláudia Castelo e da Maria José. Pesem embora as questões levantadas este Congresso reproduz um crescimento qualitativo profissional dos tecnicos e uma melhoria significtaiva dos serviços. Façam o exercicio de percorrer as actas do passado. Não me chateia nada que se apresentem trabalhos resultantes da prática académica, desde que bem apresentados, ou sej contextualizados. Foi, por exemplo o que fez o Paulo Sousa no painel em que fui relatora. Sobre a falta de qualidade de algumas comunicações, nas sessões em que estive presente tive a sorte de apenas acontecer uma vez, sendo que ainda não li todas as comunicaçaões que não assisti. Aí mantenho a opinião que sempre defendi. A CC tem de ser implacável quanto a esta questão. Nisso, continuamos a ser muito portugueses. Partilho a opinião do Filipe na adopção de um modelo com mais paineis que permitam uma maior reflexão e as inerentes conclusões e recomendações, ou seja, que do Congresso imanem tomadas de posições deste conjunto de profissionias de muito mérito mas sem estatuto nem imagem pública. A ausencia de reflexo na comunicção social é disso um espelho. Mas sim, a BAD deve trabalhar este aspecto com muito afinco. E então chegamos ao fraco associativismo que nos caracteriza. Mais participação é absolutamente necessaria. Uma chamada aos mais novos, muito presentes neste Congresso.
Como sempre, os Congressos são também um momento optimo para rever colegas e amigos, conhecer novas caras, trocar muitas conversas nos corredores e à volta da mesa.
Rosa Barreto
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