Da leitura dos primeiros artigos do último número do cadernos bad ficam para mim presentes as seguintes ideias...
1ª) Adriano Moreira chama a atenção para uma tarefa, a de Bolonha, que "não pode ser levada a cabo com pressas, exige sim um desempenho sem perdas de tempo". (...) "A primeira revisão exigível não é a dos tempos de formação nos clautros, é a avaliação de competências a reformular ou inovar para responder a uma comunidade que se alarga do Atlántico aos Urais, cortando os ramos secos, pondo as designações de acordo com os conteúdos e, sobretudo, preparando a resposta ao embate da inevitável hierarquização qualitativa dos elementos do sistema em gestação, anunciadora de prováveis novos Caminhos de Santiago."
2ª) No contributo da Universidade Fernando Pessoa, Judite A. Gonçalves de Freitas, afirma com sagacidade "que o processo de Bolonha, na conjuntura actual, acabou por consumar o inevitável: conquistou os indecisos e demoveu os resistentes".
3ª) Olhando já concretamente o processo de adaptação de Bolonha aos cursos de ciências de informação, Fernanda Ribeiro, fala da necessidade de olhar além fronteiras para encontrar as respostas às interrogações da UPorto - "Não havendo, no espaço português do ensino superior, qualquer possibilidade de participar num forum de discusão na área BAD (ou, no nosso entendimento, da Ciência da Informação), a preocupação da UP foi a de acompanhar os desenvolvimentos internacionais e de procurar, de alguma forma, contribuir para a discussão em torno do curriculum europeu, designadamente chamando a atenção para o facto de, na área designada por LIS (Library and Information Science), não estarem suficientemente representadas as especificidades da Arquivística, no que ela tem de disciplina aplicada do campo da Ciência da Informação".
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