Em Novembro de ano passado, reflectimos aqui no Rato de Biblioteca sobre a Rede Nacional de Bibliotecas Públicas tendo como ponto de partida o artigo de Fernanda Eunice Figueiredo nos Cadernos Bad onde esta afirmava que, na "realidade actual das bibliotecas da rede verificamos que não atingimos ainda um nível satisfatório de desenvolvimento no que respeita à utilização das TIC nas bibliotecas, principalmente na vertente de criação e disponibilização de serviços e conteúdos ao público, assim como na utilização das potencialidades da tecnologia para actualizar o conceito de rede". Então, avançando na reflexão, dizia-se aqui no Rato - "É este conceito de "Rede" que urge tornar mais claro, porque até final da década de noventa o trabalho iniciado em 1986 era o de criar a Rede Nacional de Bibliotecas Municipais no nosso país, e basicamente dotar cada concelho com um espaço público moderno, um fundo documental com diversidade de suportes e plural na informação. Hoje o desafio tem que ser outro, e parece-me necessário dar o salto, dando corpo à ideia de "Rede" como "totalidade de circuitos e dispositivos que permitem a ligação entre os equipamentos", onde as bibliotecas públicas representam um todo interligado, com partilha de recursos, serviços, catálogos colectivos, etc... em que tão simplesmente um leitor de uma Biblioteca do Norte o fosse com os mesmos direitos quando de visita a uma biblioteca do sul". Aqui se escreveu em Novembro de 2004!
Agora, queremos acreditar que "o projecto da Rede de Conhecimento das Bibliotecas Públicas pode ser um factor de aceleração e consolidação da aprendizagem ao longo da vida e da construção de competências da população portuguesa, e consequentemente do aumento da produtividade e competitividade nacionais, actuando simultaneamente como um elemento integrador de políticas públicas relacionadas com a Sociedade da Informação".